Saiba como eram as concessionárias e a compra de carros há mais de 100 anos

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Prédio na Rua do Senado deixou de ser concessionária Ford (Foto: Arquivo do jornal O Globo)   Vender carros é uma tarefa mais do que centenária, como ilustra o arquivo de fotos do jornal carioca O Globo que cobre as décadas de 1910 e 1920 . As concessionárias da capital da República eram bem diferentes nessa época, porém tinham muitas coisas em comum com as lojas atuais. Um exemplo é a distribuição de espaços. Já havia showroom, oficina, pátio e, claro, alguns vendedores. Sem falar em propagandas e outros elementos . A evolução dos carros é notável nesses 20 anos. Gamas completas e o artifício de ano e modelo diferentes já existiam como forma de uma obsolescência programada. OFICINA Havia máquinas como tornos mecânicos, mas a tecnologia antiga aparece nas rodas de madeira. Pneumáticos da Continental em um pôster dão sabor às fotos. (Foto: Arquivo do jornal O Globo)   Antes de tudo, é importante lembrar que o mundo passou por duas grandes tragédias há pouco mais de cem anos. A Primeira Guerra Mundial acabou em 1918. E, por coincidência, o Brasil sofria com a Gripe Espanhola, doença que matou 15 mil pessoas no Rio de Janeiro e mais de 5 mil em São Paulo, em uma época em que a população brasileira era de 26 milhões de pessoas — hoje são 209 milhões . De acordo com os registros do jornal, o vírus parou a capital federal. A expansão foi rápida e as pessoas trancaram-se em casa. Concessionárias foram fechadas, como aconteceu recentemente. SHOW-ROOMS Em 1927, a Chevrolet já exibia uma linha completa, com modelos conversível e cupê e até um grande caminhão. A marca foi a primeira a usar o conceito de ano/modelo. (Foto: Arquivo do jornal O Globo)   Depois da epidemia, o comércio voltou ao normal. Ao contrário da década anterior e no início dos anos 1910, a maioria dos fabricantes já tinha uma linha mais variada. Com exceção clara da Ford, que ainda apostava apenas em um carro de passeio: seu clássico modelo T (1908 a 1927). Como comparação, a Chevrolet lançou vários automóveis no período, a exemplo das linhas C, H, L. Desde 1914, a empresa tinha a mesma identidade dos tempos atuais, com gravatinha dourada . Além de ter uma imagem forte, o fabricante popularizou a ideia de ano/modelo. Com mudanças frequentes de gama, a marca fez com que consumidores fossem impelidos a trocar seus carros de acordo com os lançamentos. LUXO PARA POUCOS Havia também marcas de alta classe; além da Lincoln, a compatriota Auburn se faz presente nas imagens. (Foto: Arquivo do jornal O Globo)   Voltando aos Ford, a montadora instalou sua maior concessionária daquele período na Rua do Senado, 165, centro do Rio de Janeiro. Ali eram vendidos também carros da marca de luxo do grupo, a Lincoln, comprada pela Ford na época da foto, em 1925. Uma pequena frota de modelos T posou na frente do estabelecimento. O mesmo endereço foi visitado no ano passado, 94 anos depois, e há vários comércios fechados. Nas vagas junto à calçada, carros como Fiat Palio Weekend, Volkswagen Gol e Renault Clio são prova de que a indústria brasileira evoluiu muito, ao contrário do entristecido local. A exemplo do que ocorre hoje, carros acessíveis eram maioria. Tanto a Chevrolet quanto a Ford atuavam na base do mercado.  PÁTIOS CHEIOS Os pátios nos fundos das lojas já ficavam lotados de carros. À esquerda, vemos uma loja com carros de diferentes países, divididos por bandeiras — quase um salão do automóvel. E a Opel faturava com modelos de bom custo-benefício. (Foto: Arquivo do jornal O Globo)   E as americanas não eram as únicas acessíveis. A alemã Opel aparece em 1912, antes mesmo da Grande Guerra, com os veículos 4/8 PS, os Doktorwagen, ou carro de médico . Baratos (custavam metade do preço de um automóvel de luxo), tornaram-se queridos pelos doutores, pois eram confiáveis e rodavam sem problemas por distâncias enormes, em estradas de péssima qualidade, nos deslocamentos até os pacientes. PROPAGANDAS A Ford destacava a construção do T, que usava liga de aço vanádio, mais resistente. A representante da Benz e dos caminhões Saurer oferecia uma rifa na compra de um veículo novo e bradava que as prestações arruinariam o negócio, sendo equivalentes a perder dinheiro. Já a Lancia exibia sua gama 1915 com modelos Phaeton, Double Phaeton e Landaulet. (Foto: Arquivo do jornal O Globo)   Para facilitar, já havia cheques e as prestações eram comuns, mas pouco queridas pelos lojistas. Hoje, os vendedores lutam pelo financiamento e pelas comissões das financeiras. Quanto ao preço, um T saía por 4 contos de réis em 1916. Nem por isso era baratinho: o valor era suficiente para comprar entre 15 e 20 terrenos na Lapa, bairro vizinho à concessionária. Olha que os Ford e os Chevrolet foram considerados simples demais pelo então prefeito de São Paulo, José Pires do Rio, que proibiu o T e o Chevy Superior como táxis na cidade, em 1925. Ambos custavam bem menos que um carrão da época. Um Fiat era vendido por até 70% a mais e não era considerado tão caro para o filão, imagine só um Rolls-Royce! Duramente criticada, a ordem não durou um mês. Havia muitas marcas de luxo. Além da Lincoln, a compatriota Auburn marcou presença. Mas nenhuma das duas chamavam tanto a atenção quanto a Benz, que ainda não era Mercedes na foto de 1911. É, muita coisa mudou nesses mais de cem anos. Outras, infelizmente, nem tanto. AGÊNCIAS O português antigo é outra curiosidade: officina, telephone, gazolina, escriptório e garage. Sem falar nos telefones com pouquíssimos dígitos. (Foto: Arquivo do jornal O Globo)   (Foto: Arquivo do jornal O Globo)   ELÉTRICOS ERAM COMUNS A Detroit Electric era uma das fabricantes de carros elétricos mais famosa do mundo. O visual simpático do seu modelo 1917, que não tinha grade e estreou os vidros arredondados na indústria automotiva, garantiu que ele fosse o escolhido pelos desenhistas dos estúdios Disney como o carro da simpática Vovó Donalda. A autonomia era de 128 km, nada mau para um elétrico com mais de cem anos. A elegante loja do Rio de Janeiro foi fotografada em 1919, tinha showroom e tomadas (foto acima). Pena que a gasolina se tornou mais viável logo depois; caso não, os modelos da Detroit talvez estivessem aí em 2020. Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital. saiba mais A CHEVROLET MARAJÓ QUE LEVOU TRÊS AMIGOS PARA O CANADÁ EM UMA ÉPOCA QUE NÃO HAVIA SEQUER GPS QUASE: CHEVROLET OPALA TINHA UM PROJETO DE PICAPE QUASE TOTALMENTE PRONTO, MAS ELA NUNCA FOI LANÇADA CURIOSIDADE: NOVA ZELÂNDIA JÁ QUIS COMPRAR CARROS BRASILEIROS E PAGAR COM LEITE EM PÓ    



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