Chery comemora 9 milhões de carros produzidos desde 1999

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Em 18 de dezembro de 1999, saída da linha de montagem recém-inaugurada em Wuhu, província de Anhui, o primeiro carro produzido pela marca chinesa Chery (Qirui). Usando ferramental usado, comprado da Ford, a então fabricante de peças e componentes passava a ser montadora, fazendo o Chery Fengyun, uma versão localizada do Seat Toledo da primeira geração. Equipado com motor da CAC (China Automotive Corporation), o Fengyun era de fato uma cópia do modelo espanhol, mas fora licenciado pela Volkswagen. Numa China iniciando seus primeiros passos na modernização do setor automotivo, a Chery logo introduziu o QQ, o que gerou um conflito com a GM, que proibiu a SAIC de continuar sendo sócia (20%) do fabricado da região central. Depois do QQ veio o Tiggo, claramente um Toyota RAV4 da época, que ampliou o alcance da marca. A Chery criou outros modelos derivados do Fengyun, usando inclusive os motores Tritec de origem BMW-Chrysler, originalmente feitos aqui. Como outras marcas até 2006, a Chery tinha produtos que não eram originais, contudo, a empresa passou a desenvolver seus próprios modelos, a partir do Chery A5 (que tinha um exemplar no CPCA da GM em Indaiatuba…). QQ6, QQme e outros carros surgiram a partir da plataforma do QQ, um Daewoo Matiz. Então, surgiu o A1 (Face), que chegou ao Brasil antes do pequenino chinês. A marca usava estúdios italianos como Bertone e Pininfarina para criar seus carros que, apesar de desenvolvimento próprio, não se ligavam entre si, impedindo a geração de uma identidade visual da Chery. A modernidade só veio a partir do Chery A3 (Cielo), que derivou vários produtos, assim como o Eastar (Daewoo Magnus) orientou modelos grandes. Nesse processo, a empresa criou tantos projetos que não podia colocá-los no mercado. Para tentar resolver a questão, criou quatro submarcas (Rely chegou ao Brasil) para dar conta da demanda de produtos, sendo que a Riich era a mais premium. Antes, chegou a pedir um estudo de sedã V8 para a Visionary Vehicles de Malcolm Brincklin. Nesse período, a Chery chegou a desenvolver picape média e ter um SUV de chassi, que foi vendido pela Riich. Após ter gerado uma família de compactos (vimos apenas o S18 aqui), a Chery desistiu das marcas e até dos caminhões C&C, se concentrando secretamente na Qoros (desde 2007). Reduzindo o portfólio para 12 carros (estimamos que a Chery tenha construído uns 50 modelos ou mais, mas muitos não vendidos), lançou a Qoros com a promessa de se fixar na Europa. Acabou vendendo só na China e agora está nas mãos da Baoneng. Hoje, aos 9 milhões de carros feitos, a Chery fez de tudo um pouco, embora talvez 40% tenha realmente ganhado as ruas. Da malfadada ação da Visionary Vehicles, passando pelo Dodge Breeze da falida Chrysler, a empresa chegou a vender motores para a Fiat e ainda hoje conta com a DR Motor na terra da italiana. Com a Cowin (um dos nomes do Fungyin que virou marca), Jetour, Exeed e Chery, a empresa continua longe das grandes montadoras da China, embora tenha criado mais que as rivais, que se apoiaram em clones por muitos anos. No Brasil, a Chery começou errado com a JLJ e amargou anos no limbo, mesmo com fábrica e tudo, até que a CAOA resgatou a chinesa de si mesma, tornando a marca agora mais visível e até admirada. O Notícias Automotivas, diferente de outros sites da época, contou muito dessa história…   © Noticias Automotivas. A notícia Chery comemora 9 milhões de carros produzidos desde 1999 é um conteúdo original do site Notícias Automotivas .

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