Como a tecnologia influencia na tomada de decisão na Fórmula 1? Veja exclusiva com chefe da Red Bull | Notícias Automotivas

Quer ganhar dinheiro vendendo carros? CLIQUE AQUI!

Como a tecnologia influencia na tomada de decisão na Fórmula 1? Veja exclusiva com chefe da Red Bull => https://motorshow.com.br/como-a-tecnologia-influencia-na-tomada-de-decisao-na-formula-1-veja-exclusiva-com-chefe-da-red-bull/

Uma das equipes mais vencedoras da história recente da Fórmula 1 , a Red Bull acumula oito campeonatos mundiais de pilotos e seis títulos de construtores nos últimos 15 anos. Em 2021, a equipe resolveu aumentar fortemente sua aposta em aplicações de nuvem ao assinar um amplo contrato com a Oracle. No comando da área de tecnologia do Red Bull Technology Group , Matt Cadieux é responsável por toda a área de TI da equipe, incluindo soluções de simulação de pistas e monitoramento em tempo real dos veículos durante as provas. Nessa entrevista, o CIO da RBR fala sobre o aumento da aposta em tecnologias de cloud computing e detalha como a nuvem ajuda nos processos de design dos carros e nas tomadas de decisão durante as provas. Confira. + Fórmula 1: Sauber revela macacão que será usado pelo brasileiro Gabriel Bortoleto + Fórmula 1 terá punições mais severas contra má conduta e palavrões Quais foram os desafios que a Red Bull queria resolver quando resolveu aumentar seus investimentos em nuvem? Cadieux:  A Fórmula 1 é obviamente uma atividade que exige alto nível de desempenho e evolução contínua. E isso vale não só para os carros em si, mas para toda a parte de tecnologia, incluindo aí processos de negócio, aplicações e infraestrutura. Por isso, sempre estivemos de olho na evolução da nuvem, desde seus primeiros anos. Por volta de 2019, 2020, tínhamos basicamente uma estrutura de nuvem privada . Era baseada em soluções on-premise. Usávamos muitas aplicações de virtualização, e conseguíamos ter agilidade. Mas isso exigia que tivéssemos dois datacenters . E tínhamos que planejar muito bem muito bem a questão de capacidade de processamento exigida pela equipe. É claro que já usávamos algumas aplicações de nuvem em modelo SaaS há um bom tempo, como Workday, Zoom, algumas aplicações de governança de TI. Mas a nossa jornada para a nuvem se acelerou muito desde 2021  após a parceria com a Oracle. Então agora o cenário mudou. Ainda temos um ambiente híbrido e nossos datacenters ainda estão operacionais. Mas temos muito mais na nuvem do que tínhamos quatro anos atrás. E como as tecnologias de nuvem são usadas atualmente na RBR? O que é possível fazer hoje que não era viável cinco anos atrás? Matt Cadieux, CIO do Red Bull Technology Group Cadieux: Há muitos avanços nesse sentido. A questão das estratégias de corrida foi um dos primeiros pontos que trabalhamos nessa nova etapa. Antes de qualquer corrida, rodamos muitas simulações. Quando é a melhor hora pra fazer pit stops? Que tipo de pneus usamos em cada fase da corrida? Essas são algumas perguntas que procuramos ajudar a responder por meio das simulações, e ganhamos agilidade para fazer isso com a nuvem. Historicamente, sempre fomos limitados pela capacidade de processamento de nossas estruturas. Agora com a nuvem conseguimos ter modelos de simulação mais robustos e rápidos. Assim, as equipes de estratégia não precisam mais esperar pelo aumento da capacidade de processamento, que é de responsabilidade do time de infraestrutura. Podemos ter essa capacidade extra de modo instantâneo. Dessa forma, tentamos liberar nossos engenheiros para trabalhar em melhorias para o carro e ajudar em tomadas de decisão, em vez de consertar gargalos na infraestrutura de TI. E agora com a nuvem podemos usar a clássica estratégia de pagar pelo uso . Antes de uma corrida, temos um aumento de demanda por processamento, e depois da corrida diminuímos então o uso das soluções em cloud. Você mencionou a questão financeira. E sabemos que a FIA impõe limites de gastos para as equipes de F1. Como a Red Bull lida com isso do ponto de vista da tecnologia? Cadieux:  Nossa maior implementação de nuvem no momento é aproveitar a capacidade da nuvem da Oracle para rodar as soluções CFD (aplicações de simulação usadas na Fórmula 1), na nossa divisão Red Bull Powertrains (RBPT), que é responsável pelo desenvolvimento do motor. A CFD é a principal ferramenta usada para simulações e cálculos de combustão interna do motor, e envolve a solução de problemas físicos e químicos. Nosso uso de nuvem para questões do motor é muito maior do que para outras questões do chassi do carro . E isso ocorre por uma razão: temos limitações impostas pela FIA sobre a capacidade computacional usada no chassi. Mas no motor não há essas restrições . Assim, quando criamos a RBPT, pudemos começar aos poucos e escalar rapidamente usando a nuvem . Se tivéssemos que rodar nossas simulações com o CFD em nossos datacenters, eles não dariam conta. Precisávamos de uma escala que só poderíamos resolver com soluções de cloud computing. Na fase inicial da RBPT, a nuvem ajudou a colocar as soluções em funcionamento em poucas semanas, e escalamos rapidamente. Se tivéssemos que usar soluções on-prem, teria levado provavelmente uns dois anos , pois possivelmente teríamos que ter um novo datacenter. As equipes precisam transportar muitos equipamentos de um circuito para outro. E o espaço nos boxes é limitado. Como foi o impacto da nuvem na tecnologia da Red Bull durante as corridas? Cadieux:  Certamente hoje levamos menos equipamentos após o uso mais intenso da nuvem. A razão pela qual ainda temos que levar muita coisa é que algumas pistas são antigas , o cabeamento de fibra ótica não é completamente seguro, há muitas máquinas espalhadas, pessoas andando pra lá e pra cá, e acidentes acontecem. Então, precisamos de alguns recursos para uso de emergência, caso haja por exemplo alguma falha na estrutura da rede local. Mas muitas simulações que fazemos durante a corrida já ficam na nuvem. Carros de F1 possuem mais de cem sensores , e durante as corridas recebemos uma grande variedade de dados sobre a situação do veículo e do piloto. Quando esses dados chegam ao paddock, uma parte mais crítica é processada localmente. Outra parte dos dados, usados em simulações adicionais e questões de analítica, é enviada para a nuvem. Chefe da equipe Red Bull Racing, Christian Horner – Crédito: Divulgação/RB/Mark Thompson/Getty Images Pode dar mais detalhes sobre esse processo? Cadieux:  Temos especialistas em áreas como aerodinâmica, funcionamento interno do veículo e questões específicas de motor. Esses engenheiros recebem os dados de suas áreas e os analisam. Temos também aplicações bem específicas de simulação  que processam esses dados e orientam os engenheiros sobre quais medidas podem ser tomadas em uma determinada situação. Isso tudo é feito de forma contínua, durante a corrida. Há ainda times monitorando nossos adversários e olhando informações públicas, como as transmissões da TV, diálogos entre pilotos e equipes. E combinamos todas essas fontes de dados para elaborar nossa estratégia de corrida . As decisões finais são tomadas pela equipe que está na pista. Mas temos engenheiros remotos que dão apoio a essas decisões . Eles ficam em uma sala de engenharia no circuito e também na nossa sede aqui no Reino Unido. Em termos de inovação e uso de inteligência artificial. Quais são os planos? Cadieux:  Já usamos tecnologias de machine learning há um bom tempo, mas elas tendem a ser usadas de modo bem específico. Vejo que há muito potencial para o uso das novas tecnologias de IA, mas no momento temos muitas restrições, pois a FIA tem limites para uso de capacidade computacional nos chassis. Além disso, na prática não podemos usar GPUs, devido à forma como a FIA calcula os limites computacionais. Sobre este último ponto, estamos em conversas com a FIA, no sentido de atualizar essas regras para viabilizar o uso de GPUs. Gostaríamos de usar o quanto antes os recursos que essa nova leva de aplicações de IA traz ao mercado. E com a nuvem creio que poderemos usá-los rapidamente assim que forem regularizados. Pode contar mais sobre como essas restrições de uso de tecnologia são aplicadas? Cadieux:  Há uma série de regulamentações bem detalhadas. A FIA envia as documentações e todas as equipes se comprometem a segui-las. Auditores fiscalizam o cumprimento dessas regras, e visitam as equipes várias vezes por ano . Assim, temos que informar a eles todo tipo de hardware que usamos, seja em instalações locais ou na nuvem. Precisamos fornecer logs de todas as simulações que rodamos, e estamos sujeitos a inspeções a qualquer momento.  Na questão do motor não há essas restrições, apenas no chassi do carro. São questões que fazem parte do nosso esporte, e lidamos com elas. O post Como a tecnologia influencia na tomada de decisão na Fórmula 1? Veja exclusiva com chefe da Red Bull apareceu primeiro em Motor Show .

Seja nosso franqueado e trabalhe revendendo veículos seminovos (até 40% desconto) e 0KM (até 20% desconto), entre em contato conosco => http://www.repassesdecarros.com.br

Comentários